Cantareira Heliópolis
Fundação: 19/04/1993
Localidade: Zona Sul – SP
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História
O Cantareira Heliópolis F.C, foi fundado no dia 19/04/1993 pelo Robinson Soares, que resolveu realizar a vontade de seus familiares, homenageando um ente querido e oficializou as partidas de futebol que eram frequentes entre seus familiares próximos. O time foi fundado em um festival no campo do time da Copa Rio, durante um feriado no dia 21/04/1993.
O primeiro confronto disputado pelo time do Cantareira aconteceu no dia 19 de abril no campo do Copa Rio diante do Colorado, um dos times mais tradicionais à época da região de Heliópolis. A estreia acabou em derrota por 2 a 1 que, segundo Bubu, aconteceu porque o time era composto apenas por familiares ou, como ele mesmo diz, “só perna de pau”. Os tios que fundaram o time chamam Carlos, Geraldo, Léo e Zé. Todos faziam parte também do elenco, incluindo Bubu, que começou na posição de “teimoso”, como ele mesmo define devido a sua falta de intimidade com o futebol de campo.
O primeiro uniforme do time, preto e branco, era muito curto e os jogadores sofriam no primeiro lance que exigisse mais de elasticidade das pernas. O primeiro a rasgar era o short, o que obrigou à família providenciar o quanto antes outro fardamento. Bubu conta que ele e mais alguns de seus tios foram para a região da 25 de Março, no centro de São Paulo, para comprar um jogo de short preto e, para manter a tradição do primeiro uniforme, mais um jogo de camisas brancas. Depois desse segundo jogo de uniformes que decidiram criar o escudo do time. Foi numa loja chamada Trianon – que depois ficou com o nome Sport e Ação e já não existe mais -, na região da rua Silva Bueno, bairro do Ipiranga, zona sul, que ‘”nasceu” o distintivo do Cantareira, de criação do próprio dono da loja. Inspirado na camisa branca e short preto, ele desenhou uma águia que lembra o atual escudo da seleção da Alemanha, que também utiliza camisas brancas e shorts pretos em seu uniforme.
O sucesso do Cantareira, que atuava no campo do Copa Rio, começou a criar ciúmes com o time da casa, donos do campo. Impedido de jogar no espaço, o Cantareira passou a jogar apenas em outros campos, como visitante – o famoso jogar “fora de casa”. E como há males que vêm para o bem, apesar de o Cantareira ficar sem um campo para receber seus adversários, o fato de ele ser obrigado a sair para outros locais resultou na sua fama pela várzea na cidade. Neste período, Bubu realizou um sonho guardado desde a fundação do time: jogar diante de um grande e tradicional time da época que, na ocasião, foi contra o Flôr de São João Clímaco. Naquela partida, o então jogador profissional Magrão (ex-Palmeiras e Corinthians) jogou pelo adversário, que venceu o Cantareira por 5 a 3. Depois disso, o time enfrentou outra força do futebol de várzea da região, o Black Power do Ipiranga.
Em dois anos de fundação começaram a disputar grandes torneios e, em 1996, o Cantareira já entrava na Copa Kaiser, que celebrava a sua segunda edição. Bubu conta que, naquele começo, a Copa Kaiser não tinha muita divulgação. Graças a um jogador do Cantareira, chamado Caniggia, o time descobriu a competição que se tornaria a principal da categoria atualmente. O jogador viu um cartaz de divulgação em um bar no qual continha algumas informações, como o telefone da empresa Evidência Promotions. Após preencher uma ficha de inscrição, Bubu teve um retorno da empresa organizadora apenas 1h30 antes de encerrar o prazo para participar, mas o Cantareira conseguiu chegar a tempo.
O sucesso já ultrapassava as fronteiras da zona sul e, numa famosa loja de artigos esportivos, chamada Julitem, localizada na avenida Guilherme Cotching, zona norte, todos perguntavam “quem era aquele time”. Como poucas pessoas conheciam Heliópolis, Bubu dizia que o Cantareira fazia parte do Ipiranga, uma forma estratégica de chamar a atenção, uma vez que aquele era o mesmo bairro do já famoso time Black Power.
COMPETIÇÃO | TÍTULOS | TEMPORADAS |
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